Most images posted on my blog, I took from the internet . If any author feels wronged in some way, please let me know and I will rectify it. Thank you.

A maioria das imagens deste blogue foram retiradas da Internet. Se algum(a) autor(a) se sentir lesado(a), peço por favor que me faça saber para que retifique a situação. Grata.

Wednesday 26 November 2014




Art Leigh J. McCloskey & "Woman within"

@ Art Leigh J. McCloskey
"We are wild sacred women. We are temples. We are leaders. We are shedding the shackles that keep our gifts hidden and welcoming the light into the darkest of places. We are each other's stories. And we are the truth and wisdom underneath the stories. We are the rupture and rapture of woman on earth. In this lifetime and many others. We are transmuting the deepest hurts into gold, to share as gifts with the world in love and service. The world needs women to rise now. And as global sisters, we need each other more than ever. Together we are waking the wild and together we are celebrating the sacred. For the generations we came from and for the generations in front of us."

cadencia, text found on: Woman Within International                          

Friday 21 November 2014

Curta / Short story: Uma semana... Sem rede!


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Uma semana... Sem rede!
Célia Paulo © 2014





E assim começa...
Uma semana.
Sem internet.
Sem telemóvel.
Sem televisão.
De certa maneira escolhi a melhor semana para o fazer, pois vou estar longe da minha zona de conforto. Da família e amigos. Da rotina do quotidiano.
De certa maneira escolhi a pior semana para o fazer, pois vou estar longe da minha zona de conforto. Da família e amigos. Da rotina do quotidiano.
Admito que me sinto intimidada, até um pouco assustada. Como irei eu lidar com a situação?
E se necessitarem de me contactar com urgência, e se houver um estado de emergência mundial, e se… as possibilidades são infinitas.
No entanto, acho importante manter a menta aberta quanto a esta experiência, pois, quem sabe com que situações interessantes e surpreendentes me vou deparar.
Apesar de ter sido eu a decidir fazê-lo, por achar ser importante reencontrar-me comigo própria e com o mundo natural, sem qualquer interferência externa. Eu a querer ter esta vivência, não consigo deixar de sentir uma certa apreensão.
Uma semana incomunicada, na comunidade Findhorn Foundation que é uma eco-vila de educação espiritual e holística, na Escócia.
Aqui vou eu!
Sem rede…
Dia 1 – Lindo, maravilhoso, deslumbrante.
Tirando a área residencial, tudo à volta é verde. Floresta, campo, hortas, jardins, e até um labirinto de urze mais alto do que eu.
Sou levada pela anfitriã que me foi atribuída para fazer o circuito de boas-vindas à comunidade, e esta vai explicando-me como a “semana de experiência” (que é como chamam a este retiro) é a maneira ideal de vivenciar a dinâmica da vida comunitária na Findhorn. Desde a sua fundação em 1962, esta comunidade tornou-se conhecida pelo seu trabalho com as plantas e a comunicação com os reinos naturais. Seu compromisso com a prática espiritual no dia-a-dia e a comunicação com a inteligência da natureza resultaram em jardins extraordinários.   
A comunidade continua afirmando a interconexão de toda a vida, através de estruturas espiritualmente, socialmente e economicamente sustentáveis, incluindo o uso de técnicas de construção ecológicas, geração de energia responsável, reciclagem e produção de alimentos orgânicos.
Nesta comunidade, todos colaboram nas tarefas diárias, na meditação de boas vindas ao amanhecer, e a prece noturna de agradecimento pelas bênçãos recebidas. O resto do dia é passado, desde que em conformidade com as normas da “casa”, da maneira que mais apele a cada individuo. Há palestras, workshops e várias atividades criativas e de desenvolvimento pessoal. O “lema” da comunidade é que todos os participantes se sintam interconectados por uma visão positiva da humanidade e da Terra.
Bom, só sei dizer que quando dei por mim o dia tinha passado. Entre passear, ser apresentada a inúmeras pessoas de várias nacionalidades, de tomar as refeições (elaboradas com os alimentos produzidos nas hortas da comunidade), conhecer o espaço lindo de que vou usufruir durante mais 6 dias e conversar animadamente com a Tracy (a minha anfitriã que já mais me parece uma amiga de longa data), nem sequer me lembrei de que estava “desconectada” da tecnologia. Acho mesmo que nunca me senti tão conectada com o mundo que me rodeia e o que nele é realmente importante. Neste sítio maravilhoso em que o sentido de comunidade é algo vibrante, vivo e quase palpável, sinto-me em casa.
Estou entusiasmada com a perspetiva do dia de amanhã.
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Dia 7 – Pois é… a ideia inicial era de escrever diariamente sobre esta minha aventura de “detox de tecnologia” e de “spa para a alma”, no entanto, tenho vivido dias tão repletos de alegria, criatividade e comunhão total com o espaço, as pessoas, a energia deste lugar fantástico, que… quase que diria que perdi a noção do tempo, mas a verdade é que nunca me senti tão “dentro” do tempo…
Aqui não há rotina, mas os dias que não registei por escrito e que para sempre ficarão “escritos” na minha memória, passaram-se mais ou menos assim: Despertamos ao nascer do dia com um “chamamento” musical de tão harmoniosos sons que mais parece um coro angelical a dar-nos as boas vindas. Juntamo-nos no salão comunal para a meditação da manhã, depois temos o pequeno-almoço, seguido pela distribuição de tarefas (que tanto podem ser na horta, como na cozinha ou noutro local que precise da atenção “da comunidade”), e estas são sempre recebidas e executadas com boa disposição e muita gargalhada pelo meio. Entretanto chega a hora de almoço, que é sempre um convívio muito animado. A parte da tarde é quando temos autonomia para escolhermos em que atividades queremos participar, o que não é nada fácil pois há sempre muitas coisas interessantes a acontecer, desde atividades criativas (pintura com as mais variadas técnicas e suportes, dança, expressão vocal, exercícios cénicos de improviso, etc.), a palestras e workshops, ou simplesmente as caminhadas pelos trilhos lindos de Findhorn (que foi por onde enveredei esta tarde, a minha ultima desta semana que passou tão rapidamente, e que me trouxe aqui, a esta colina verdejante de onde vislumbro um lago que reflete as cores do céu, e é aqui, “nesta pedra cinzenta, onde me sento e descanso”, e onde tento, de alguma forma, sumarizar a minha estadia aqui, nesta folhas de papel em que a tinta da caneta vai desenhando a traços largos os contornos de sons, cores, aromas, horizontes e sentidos, de palavras soltas, que assim, a cru, tão pouco refletem desta semana que foi um dia, uma vida. Sei que o que aqui vivenciei, deixa-me com uma “mala cheia de material” para refletir, aprofundar, pesquisar. Sinto que isto não fica por aqui… Tem sido a experiência mais enriquecedora de minha vida. Tenho adorado cada segundo e conhecido pessoas fantásticas e muito interessantes. Tenho-me “puxado” para além dos meus limites de conforto e feito coisas que nunca tinha feito (como limpar um galinheiro, ou exercícios a interagir com desconhecidos em contextos de improviso hilariantes e às vezes desconfortáveis (para quem como eu, ainda tem alguma dificuldade em desvincular-me daquilo que os outros possam ou não pensar “das minhas figuras”). Tem sido uma grande aprendizagem, quase diria que, um salto quântico na minha evolução pessoal.
Tudo isto sem rede… Até tinha a sala de entretenimento com T.V. e computador com internet, de que podíamos usufruir e que me foi mostrada no primeiro dia, mas… não, quis fazer abstinência total.
Tive saudades? Sim, tive saudades de falar com alguns familiares e amigos e de partilhar certos momentos com eles. Senti falta da internet para fazer “um monte” de pesquisas de assuntos que aqui foram falados/apresentados, e de adicionar “bué” de novos amigos no Fb, mas, para isso, tenho comigo apontamentos que fui fazendo de tudo o que me interessou, e anotei contactos de novos amigos, acho que, dos quatro cantos do mundo, para depois adicionar nas redes sociais.
Do que senti menos falta foi da T.V. com as suas incontornáveis (más) notícias das oito, novelas e mais novelas ou pior ainda, a entorpecedora casa dos segredos.
Bom, vou levantar desta pedra cinzenta e dura… e pôr-me ao caminho, que tenho um jantar agridoce que me aguarda não tarda nada (e não me refiro ao tipo de comida que será servida, pois os jantares são sempre em ambiente de festa, iniciando com a prece de agradecimento, seguidamente deliciamo-nos com a excelente comida e com a partilha das experiências do dia, histórias, e outros assuntos interessantes. Depois, por norma, à cantigas, guitarrada e muita gargalhada, até à hora da caminha, sendo que esta noite e para mim será a da despedida). Sei que vou divertir-me, mas também sei que vou chorar… Agridoce.

Quanto ao dia de amanhã… Só espero que o mundo não tenha acabado na minha ausência! J

Vision by Celia Paulo

Northern lights began to dance with gossamer veils
Shimmering with silver light
Ever shifting
Ever still
Radiant images
Gliding into one another
From the horizon to the dome of the skies

The queen of the night with her tiara of stars
Showed herself through the lights
As I stared mesmerised
I heard her voice in my head
Wake up dear wake up

One day it will all make sense
As for now hold the reins
And enjoy the ride
There’s no right or wrong
Only you make it so
Ride with your heart
And on the periphery of your vision
Where sight meets intuition
You will find your way
Trust
Do what you do
Because it is your truth

Am I talking to you
Am I an illusion

She smiled enigmatically and faded away
As Northern lights danced with gossamer veils



Celia Paulo © 2003

Ah!... by Celia Paulo

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Ah! How can I let you see

Can I let you feel this sense of me

If it starts with implicit accusations of betrayal

For not being the perfect ideal

There’s this and there’s that

There are roses and there are proses

Dressed of scent, of colour, of thorns

Undressed in words

Of which I do not know

If I show myself or I hide

And so they are part of me



Ah! This trying to make sense

Of the senseless state of evolutional wholeness

Reaching for an ideal

Wanting it perfectly delivered into being

Yet, can we be open and still

Can we feel the vulnerability

The shadow of the soul in us

Tugging at the egotistical coat we wear so well

Can we feel our core

Without shrinking back to hide it

Can we be at peace with

And willing to take it as our own

The very thing that compel us

Perpetually in its elusiveness

To the desired mint state



Ah! And we want a mirror

We want a mirror of light

Yet, can we be true to the desired reflection

Or are we a distortion going into space

Reverberating to reality

Holding us on and on

On the ties of:

Ah! How can I let you see …



Celia Paulo ©

Tuesday 4 November 2014

Her Self ~ Kim McElroy

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HER SELF
A girl child awakens to emotion early.
She seeks someone to resonate with.
but in her world
the adults have forgotten
how to truly express emotion,
and the other children don’t understand.
Perhaps then a part of her
names a manifestation
of her intangible feelings
in the form of the horse.
Somehow she instinctively knows
that the horse is a creature of emotion
who, like her
seeks someone to resonate with.
For lack of a better role model
The girl becomes a horse in her imagination.
She plays the role of being dynamic and powerful,
passionate and free.
She longs to have a real horse
To share these feelings with.
The lucky girls get horses.
Others grow up
And sometimes they find their way back,
and as women
find the answers they have been seeking
in human relationships
in their relationship with a horse.
As a woman bonds with a horse;
Attempts to understand and interpret…
she is nurturing, facing her fears,
and moving beyond boundaries.
Essential lessons in any relationship.
And in this new, quiet communication
of touch and thought
intuition and expression…
she finds at last,
her Self.
~ Kim McElroy

The Charge of the Star Goddess~Doreen Valiente (1922-1999)

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The Charge of the Star Goddess

Hear ye the words of the Star Goddess,
The dust of whose feet are the hosts of heaven;
She whose body encircles the universe:

I am the beauty of the green Earth,
And the white Moon among the stars,
And the Mystery of the waters,
And the desire of human hearts.

Call unto your soul: Arise and come unto me!
For I am the soul of Nature that gives life to the universe.
From me all things proceed,
And unto me all things must return.

Before my face, beloved of all,
Let your divine innermost soul be enfolded
In the rapture of the infinite.

Let my worship be in the heart that rejoices,
For behold: all acts of love and pleasure are my rituals.
Therefore let there be beauty and strength,
Honor and pride, power and compassion,
Mirth and reverence within you.

And you who think to seek for me~
Know that your seeking and yearning will avail you naught,
Unless you know the Mystery:
That if that which you seek you find not within you,
You shall never find it without.

For behold: I have been with you from the beginning,
And I am that which is attained at the end of desire!

~Doreen Valiente (1922-1999)

Saturday 1 November 2014

From ~ Alan Watts, The Book: On the Taboo Against Knowing Who You Are

“As it is, we are merely bolting our lives—gulping down undigested experiences as fast as we can stuff them in—because awareness of our own existence is so superficial and so narrow that nothing seems to us more boring than simple being.  If I ask you what you did, saw, heard, smelled, touched and tasted yesterday, I am likely to get nothing more than the thin, sketchy outline of the few things that you noticed, and of those only what you thought worth remembering. Is it surprising that an existence so experienced seems so empty and bare that its hunger for an infinite future is insatiable? But suppose you could answer, “It would take me forever to tell you, and I am much too interested in what’s happening now.” How is it possible that a being with such sensitive jewels as the eyes, such enchanted musical instruments as the ears, and such a fabulous arabesque of nerves as the brain can experience itself as anything less than a god? And, when you consider that this incalculably subtle organism is inseparable from the still more marvelous patterns of its environment—from the minutest electrical designs to the whole company of the galaxies—how is it conceivable that this incarnation of all eternity can be bored with being?”
~ Alan Watts, The Book: On the Taboo Against Knowing Who You Are


Dance!